Mujeres Cientificas aun sufren de Estereotipos, excelente articulo de Pablo Nogueira, UNESP Ciência

Mulheres cientistas ainda sofrem com estereótipos no meio acadêmico Pesquisadoras são 67% no campo de letras e 33% nas exatas

Em 1906, um atropelamento tirou a vida do cientista francês Pierre Curie. A tragédia causou comoção, pois, três anos antes, ele e sua mulher, Marie Salomea Curie, haviam sido contemplados com o Nobel de Física. Sua morte foi registrada pelo jornal norte-americano The New York Times num elogioso artigo, no qual Marie apareceu como “assistente” do marido. Aparentemente, nem o fato de ela ter sido a primeira mulher laureada convenceu o jornalista de que ela pudesse ter feito uma contribuição relevante na investigação de ponta.

O jornal apenas reproduzia os padrões do senso comum da época – os mesmos que a carreira de Marie Curie estava redefinindo. Ela, que fora a primeira mulher na França a alcançar o título de doutora, herdou o emprego do marido e tornou-se a primeira mulher a dar aulas na Universidade Sorbonne – e a primeira a atingir o status de professor titular em uma universidade. Em 1911, tornou-se a primeira pessoa a receber pela segunda vez um Nobel, desta vez em Química. E sozinha.

Um século depois, Marie Curie é celebrada como uma espécie de padroeira desta ciência. O centenário do prêmio serviu como mote para a comemoração do Ano Internacional da Química (veja ed. 16 da revista) e também como oportunidade para discutir como evoluiu o papel da mulher na ciência no período. Se hoje sua presença na academia, na pesquisa e nas instituições científicas não espanta ninguém (na Unesp, por exemplo, mulheres ocupam quatro das cinco pró-reitorias), isso não significa que os obstáculos e dificuldades relacionados às diferenças de gênero tenham sido completamente aplainados.

  Pelo contrário, um número crescente de pesquisas sugere que homens e mulheres enfrentam circunstâncias dessemelhantes para construir suas trajetórias na pesquisa. Essas diferenças muitas vezes se traduzem sob a forma de condições menos favoráveis para que elas construam suas carreiras. Para superá-las, pode ser necessário mudar a dinâmica do modo de trabalho do cientista.

No Brasil, por exemplo, embora hoje as mulheres componham metade do total de pesquisadores, sua distribuição é desigual dentro das grandes áreas de conhecimento. No campo de linguística, letras e artes, elas chegam a 67% e nas ciências da saúde, a 60%. Nas ciências exatas, porém, são apenas 33% e nas engenharias, 26%. Os dados são do estudo “A participação feminina na pesquisa: presença das mulheres nas áreas do conhecimento”, conduzido por Isabel Tavares, coordenadora da área de iniciação científica do CNPq. Ela se baseou em números de 2006 do Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) da instituição, da Plataforma Lattes e da Coleta/Capes.

A sub-representação feminina nas ciências “duras” é um fenômeno internacional. O mais recente estudo sobre o tema, realizado pela Universidade da Califórnia em Berkeley e divulgado em dezembro, mostrou que as americanas obtêm pouco mais de 50% dos PhDs nas áreas de ciências sociais e ciências da vida e chegam a ultrapassar os 70% em psicologia. Mas respondem por menos de 28% das teses defendidas em física e por volta de 22,5% em engenharia e matemática.

Desde 2005, a Secretaria de Políticas para Mulheres do governo federal dispõe do programa Mulheres e Ciência, que desenvolve ações sobre o tema. Angélica Fernandes, subsecretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas do órgão, explica que a disparidade da presença das mulheres na pesquisa foi um dos gatilhos para o início dos debates sobre gênero na academia. “Estar nas ciências significa participar dos debates de todas as áreas. Física e engenharia também devem ser lugar de mulheres, é importante para a construção da igualdade”, diz

 Para Luci Muzzeti, professora da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp em Araraquara e estudiosa da questão de gênero, essas disparidades refletem as diferenças de status entre as áreas de pesquisa. “Existe uma hierarquia no mundo acadêmico, que faz com que áreas como física tenham mais prestígio do que outras, como nutrição ou enfermagem”, diz. “E as menos valorizadas são as que têm grande presença feminina.”

Ameaça dos estereótipos

As causas para o fenômeno são motivo de debate. Uma linha de argumentação enfatiza as diferenças no processo de educação. Enquanto os meninos são estimulados a mexer com instrumentos associados ao mundo masculino, como ferramentas e máquinas, as meninas passam por um processo de socialização onde tomam contato com temas como o cuidado, os relacionamentos, a alimentação. Esses vieses seriam depois incorporados para os interesses de pesquisa.

Em sua análise, Isabel Tavares observa que mesmo numa área eminentemente masculina, como as ciências agrárias, onde as mulheres são cerca de 35%, elas são majoritárias (57%) na subárea de ciência e tecnologia de alimentos, que envolve um setor da vida social tradicionalmente atribuído às mulheres.

Essa concentração em certas subáreas é verificada mesmo nos campos onde a presença das mulheres é grande, como as ciências sociais aplicadas. No Brasil, elas são a maior parte dos pesquisadores em economia doméstica (88%) e serviço social (82%), mas minoria em economia (31%) e direito (40%). Para Isabel os números confirmam a tendência de destinar “as atividades de finanças e gerência para os homens, bem como a tradição de jurista, cabendo à mulher a economia do lar e o atendimento à sociedade”. Algo semelhante acontece na medicina, onde o número de mulheres tem crescido desde a década de 1990, mas é mais evidente em pediatria, dermatologia, ginecologia, clínica geral. “O universo da ciência reproduz a condição social da mulher”, complementa Angélica.

Os estereótipos também teriam o poder de afastar as mulheres jovens da opção por determinadas carreiras. É o caso da velha história de que homens e mulheres têm aptidões desiguais para o raciocínio matemático. Professores bem sabem que, até por volta dos 12 anos, meninos e meninas possuem habilidades numéricas semelhantes. A partir de então, o interesse delas pela matéria tende a diminuir, bem como suas notas. Se as causas para a queda de desempenho devem-se à socialização, à biologia ou a uma combinação dos dois fatores, ainda não se sabe. Mas a simples crença de que mulheres são piores em matemática parece ter efeito sobre elas.

Um dos primeiros experimentos a mostrar isso foi feito em 1999 e envolveu 30 garotas e 24 rapazes, calouros de psicologia da Universidade de Michigan (EUA). Todos tinham habilidades matemáticas semelhantes e gostavam da disciplina. Foram divididos em dois grupos e submetidos a um teste de matemática. Antes da prova, os professores submeteram as meninas de um dos grupos a uma “condição de ameaça” – afirmaram, falsamente, que os rapazes costumavam sair-se melhor no exame. Ao final, essas moças tiveram um desempenho significativamente menor do que as voluntárias que não foram expostas àquela observação.

Ao longo dos anos 2000, cerca de 300 outros testes identificaram o mesmo efeito. Muitas vezes, nem foi preciso colocar a condição de ameaça de forma tão clara. Solicitar ao estudante que indicasse seu gênero antes de iniciar a prova, ou colocar as meninas para serem testadas em salas onde eram claramente minoria já piorava o resultado delas. Os autores do estudo pioneiro concluíram que se as diferenças de desempenho entre os sexos fossem devidas apenas à biologia, as meninas se sairiam mal em qualquer circunstância. Mas o fato é que sem a pressão, mesmo que sutil, do estereótipo, os resultados dos dois gêneros foram semelhantes.

Na última década, o crescimento das pesquisas em psicologia evolutiva, que tenta identificar bases biológicas para comportamentos humanos, jogou mais lenha nessa fogueira. Em 2005, o então reitor da Universidade Harvard, Lawrence Summers, declarou acreditar que as causas para haver menos mulheres nas áreas que envolvem matemática estão ligadas às diferenças cerebrais entre os gêneros. Steven Pinker, psicólogo do MIT e popstar da psicologia evolutiva, concordou com o argumento e escreveu um livro em apoio.

Uma enxurrada de críticas e contra-argumentos se seguiu nesses cinco anos. O mais recente, de 2010, é o estudo Why so Few?, um calhamaço recheado de estatísticas elaborado pela National Science Foundation americana.

Ele analisa, por exemplo, os resultados do SAT, o sistema de avaliação dos estudantes americanos. Em 1980, a proporção de alunos de 13 anos que alcançavam em matemática nota superior a 700 no teste – indicativa de elevadas habilidades – era de 13 meninos para cada menina. Em 2010, a proporção tinha caído para 3:1. “Se a causa da diferença de desempenho fosse apenas biológica, as proporções não se alterariam tão rapidamente”, argumentam os autores. “Ainda que a biologia desempenhe algum papel, ela claramente não responde por todas as diferenças”, dizem.

Um dos mais eloquentes ataques contra o argumento biológico veio de alguém que conhece os dois lados: o neurocientista Ben Barres, transexual e pesquisador da Universidade Stanford. Em 2006, ele publicou um artigo na revista Nature onde torpedeava a argumentação de Summers e

Pinker e denunciava a permanência de preconceitos contra mulheres mesmo após o movimento feminista: “Quando eu era mulher, fui a única da minha turma do MIT a resolver um difícil problema de matemática. Meu professor, em vez de me parabenizar, comentou que meu namorado provavelmente tinha resolvido por mim.”

Barres diz que, como transexual, é consciente de que existem diferenças biológicas inatas no modo como funcionam os cérebros de homens e mulheres. Mas não acredita que isso implique numa menor capacidade cognitiva feminina. “A falta de autoconfiança é o principal fator que leva as mulheres a abandonarem carreiras nas áreas de ciência e engenharia. Quando elas escutam repetidamente que não são boas o bastante, sua autoconfiança desaba e suas ambições encolhem.”

Reflexo das condições sociais

A boa notícia é que na academia brasileira a situação está um pouco melhor. Aqui a presença feminina em áreas como astronomia e física está respectivamente na casa dos 23% e 19%, de acordo com os dados do CNPq, contra 17% e 13% nos Estados Unidos. Esse não é um fenômeno restrito às ciências exatas. Em países como Brasil e Argentina, a participação de mulheres na força total de pesquisadores é maior do que a média mundial, inclusive quando comparados a países com grande tradição científica.

Ironicamente, essa disparidade em prol das mulheres pode estar sendo facilitada por outra desigualdade, a social. É a opinião de Léa Velho, professora do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp. Pesquisando a participação de mulheres nos cursos de física da Unicamp, desde a graduação até o doutorado, Léa descobriu que elas ocupam 12% das vagas, contra, por exemplo, 5% na Alemanha. “O que permite a mais mulheres de classe média no Brasil [em comparação com países desenvolvidos] fazerem carreira na academia é a possibilidade que têm de contratar mulheres de classe baixa para darem conta do trabalho doméstico”, diz.

As brasileiras dispõem também de uma rede familiar mais capaz de fornecer apoio. “Se uma pesquisadora tiver um filho na Alemanha, muito provavelmente não terá dinheiro para contratar uma empregada, nem poderá depender da mãe para ajudá-la. Terá de tomar conta da criança até que ela tenha idade para ir para a escola, o que representará um gap em sua vida profissional”, complementa.

Outro quesito bastante sensível que pode diferenciar as experiências dos homens e das mulheres que seguem carreiras científicas no Brasil é a dedicação às atividades de pesquisa e de ensino. É o que sugere um levantamento feito por Jaqueline Leta, pesquisadora do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ. Em 2007, ela coletou dados sobre 1.946 docentes dos 71 programas de pós-graduação da UFRJ, buscando identificar diferenças na atuação dos gêneros. Em uma das análises, ela considerou a nota conferida pela Capes a cada programa, que varia de 1 a 7. Jacqueline descobriu que quanto menor a nota, maior a presença feminina. Nos programas avaliados com conceito 4, por exemplo, elas representavam 44% dos docentes, enquanto que naqueles com nota 7 elas eram por volta de 30%.

Jacqueline também avaliou indicadores de pesquisa e docência em seis áreas: engenharia, ciências exatas, ciências humanas, letras e artes, ciências biológicas e ciências da saúde. Em três anos, nas engenharias, por exemplo, a média de artigos publicados foi de 60 para homens e apenas 10 para as mulheres. Nas ciências exatas, eles publicaram em média pouco mais de 20 artigos e elas, pouco mais de 10. Em saúde, elas ficaram à frente: 20 versus 15. E nas letras e artes, 15 publicações para elas, pouco menos de 10 para eles.

Ao comparar dados relativos à docência e à orientação de alunos, porém, Jacqueline encontrou outro panorama. Ela analisou a média de disciplinas de pós-graduação organizadas por cada docente, ao longo de três anos. E quantos alunos cada gênero orientava. Nas duas tarefas, a participação de homens e mulheres em cada tarefa ou foi bastante próxima ou elas ficaram à frente.

Jacqueline ressalta que, embora pesquisa e docência sejam duas das atividades fins da academia, elas não são vistas da mesma forma. “A universidade foi pensada no Brasil inicialmente para ser um lugar de ensino. A atribuição da pesquisa surgiu depois. Mas as duas áreas não têm o mesmo peso. É comum encontrar disciplinas que são ministradas por um aluno ou bolsista, para que o docente possa aproveitar aquele tempo para se dedicar a pesquisar. A importância atribuída à pesquisa é muito maior, especialmente nas áreas mais competitivas”, exemplifica.

A própria Capes, ao emitir um conceito sobre um programa, lembra a pesquisadora, analisa as questões relacionadas à pesquisa. “Seguramente os programas com nota 4 podem ser bons em outras atividades, como o ensino. Mas o que a Capes avalia é o pesquisador, não o docente.”

A hipótese de Jacqueline é que o mesmo fenômeno pode estar ocorrendo na academia brasileira como um todo. Os homens teriam uma tendência a dedicar mais tempo e energia à pesquisa, e esta lhes oferta um status mais elevado. As mulheres teriam uma tendência maior a se dedicar às atividades docentes e de orientação, especialmente na graduação. A pesquisadora prepara agora uma pesquisa nacional, a ser conduzida e concluída ainda em 2011, para testar a ideia.

Teto de vidro

Mas talvez a diferença mais perceptível entre homens e mulheres na academia esteja na possibilidade de ascensão na carreira. Dados colhidos entre uma vintena de países da União Europeia mostram que além de estarem em menor número nos cursos de doutorado, as mulheres são minoria absoluta nas posições universitárias mais elevadas, que oferecem mais acesso aos recursos para pesquisa (veja quadro à esquerda).

Nos EUA, o fenômeno ganhou o apelido de “teto de vidro”. Segundo a National Science Foundation, a proporção de homens e mulheres que alcançam o status de full professor, o mais alto da carreira, é de 10 para 1. A média é a mesma na Inglaterra. Na União Europeia, 18% dos full professors são mulheres, segundo dados da Comissão Europeia publicados em 2009.

O mesmo fenômeno acontece no Brasil.Um indicador disso é o pequeno número de mulheres contempladas com bolsas de produtividade do tipo 1 A, fornecidas pelo CNPq. Segundo dados de Isabel Tavares coletados em 2006, embora naquele ano as mulheres correspondessem a 78% dos pesquisadores em nutrição e 48% em medicina, entre os contemplados com essas bolsas, a participação feminina caía para apenas 14% e 22%, respectivamente.

Outro sinal é a proporção de mulheres que lideram grupos de pesquisa (veja tabela abaixo). “Nos anos 1990, descobriu-se que havia menos mulheres atuando como líderes”, lembra Léa Velho. “A hipótese era que ao longo do tempo se alcançaria uma proporção igual entre homens e mulheres, mas isso ainda não aconteceu”, diz.

A falta de mulheres nos altos postos da universidade chamou a atenção até do ex-presidente Lula. “Não foi citado o nome de uma mulher. Isso é uma coisa que nós vamos ter que reparar daqui para frente. A não ser que alguém prove que não tem mulher cientista”, observou em 2003, durante a posse dos integrantes do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia.

Além dos vários fatores já abordados na reportagem, um em especial contribui com a baixa representação feminina nos postos mais elevados da academia: a dificuldade em conciliar a vida profissional com a familiar. Para Léa Velho, as origens deste conflito remontam às origens da ciência como profissão: “Foi na Europa do século 19 que as primeiras universidades e empresas começaram a contratar pessoas com o objetivo de fazer pesquisa, e a ciência começou a se institucionalizar como atividade profissional. E todos esses profissionais eram homens. Naquela época, à mulher cabia cuidar da casa e dos filhos. Ela era excluída da vida pública”.

Assim, desenvolveu-se um modelo de carreira de pesquisador cujo horário de trabalho não se limitava ao expediente comercial, mas incluía trabalho experimental à noite, nos fins de semana, férias etc.

Quando, no início do século 20, as mulheres começaram aos poucos a ter acesso aos níveis mais altos de educação e a interessar-se pela atividade científica, viram-se obrigadas a adotar o estilo de vida imposto pela profissão, sem ter com quem partilhar os deveres da vida doméstica.

Até no enfrentamento desse conflito Marie Curie foi pioneira, conforme registrou em suas memórias: “Tomar conta de nossa pequena Iréne e de nossa casa sem renunciar à atividade científica tornou-se um problema sério”, escreveu. Na época, ela contou com a ajuda inusitada do sogro, que se mudou para sua casa e se tornou babá da neta recém-nascida.

A situação, descrita há mais de um século, ainda ocorre no cotidiano de muitas pesquisadoras. Vanderlan Bolzani, professora do Instituto de Química da Unesp em Araraquara e primeira mulher a presidir a Sociedade Brasileira de Química (de 2008 a 2010), conta como sua dedicação à carreira lhe valeu críticas. “Muitas vezes fui taxada de mãe pouco amorosa porque deixava meus filhos em casa e viajava para participar de congressos. Mas nenhum deles ficou louco”, relembra, divertida. Mesmo assim, ela reconhece que a maternidade afetou suas escolhas profissionais. “Minha carreira deslanchou tarde, só consegui fazer o pós-doutorado aos 45 anos.” Hoje ela é pesquisadora 1B do CNPq.

Na época, ela optou por levar os filhos adolescentes para viverem com ela nos EUA, enquanto o pai ficou no Brasil. “Eu trabalhava na universidade, pegava eles na escola, voltava a trabalhar... Ao retornar pro Brasil, pesava 6 kg a menos”, lembra. Léa também vivenciou isso. “Quando eu trabalhava como pesquisadora em agronomia na UnB, nos anos 1970, o chefe do departamento marcava uma reunião toda segunda, às 18 h, para debater papers”, conta. “Só que eu tinha que sair às 18h15 para pegar meu filho na escola. Era responsabilidade minha. E o chefe de departamento sempre dizia com ironia que mãe é assim mesmo.” Em suas entrevistas feitas com pesquisadoras na Unicamp, já no século 21, ela percebeu que a dinâmica não mudou. “Vi mulheres que diziam que tinham sorte porque o marido as ajudava com as crianças. Não é um regime de compartilhamento igualitário”, diz.

Políticas favoráveis à família

Este não é um fenômeno brasileiro. Em 2005, nove das principais universidades americanas – entre elas instituições do porte de Stanford, Harvard e MIT – reuniram-se para lançar um documento onde reconheciam “a necessidade de tornar “a carreira acadêmica compatível com as responsabilidades do cuidado de uma família”. No centro da polêmica está o regime conhecido como tenure track, no qual jovens professores universitários são submetidos a um estágio probatório de anos. Só depois poderão ser contratados com estabilidade. Este período probatório exige alta produtividade e coincide com os anos mais férteis das mulheres. Levantamento feito em 2010 por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley entre mais de 20 mil professores estáveis norte-americanos mostrou que 78% das mulheres com este status não tinham filhos, enquanto 73% dos homens no mesmo cargo eram pais (veja quadro abaixo). A disparidade reflete as diferentes condições enfrentadas por homens e mulheres na academia americana.

“No atual modelo, os professores podem casar, ter filhos, participar da vida familiar e ainda investir numa carreira competitiva porque dispõem do apoio do cônjuge, que lida com a maior parte das responsabilidades domésticas”, refletem os autores do relatório Beyond Bias and Barries, publicado em 2007 pela Academia Nacional de Ciências dos EUA. E prosseguem: “Esse modelo não leva em consideração as necessidades das mulheres que desejam ser mães, pois requer concentração absoluta no pico de seus anos de reprodução. Nem daquelas que são divorciadas ou viúvas e têm que arcar com as obrigações domésticas sem o apoio de um cônjuge”.

Na universidade americana já se debate a criação de “políticas favoráveis à família” como forma de reduzir a carga que recai sobre as mulheres. Algumas começam a aparecer. Ano passado, a vinda de uma física de Harvard ao Brasil para palestrar em um congresso só foi possível porque a universidade pagou as passagens de seus dois filhos pequenos, bem como do pai, que tomou conta deles. Desde 2007, a Universidade Stanford reembolsa os gastos dos jovens professores com creches e babás, em valores que podem chegar a US$ 20 mil por ano. Por aqui, em 2005 o CNPq instituiu a prorrogação de tempo de bolsa para mestrandas e doutorandas que ficam grávidas – até então as bolsistas não contavam com licença-maternidade. Ano passado, a Capes aderiu à medida.

Algumas mulheres, porém, não querem trocar a maternidade pelo sucesso na carreira. “Muitas não querem assumir posições de poder na universidade para não prejudicar sua convivência familiar”, afirma a física Elisa Saitovich, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. “Este é um ponto que precisa ser trabalhado com as próprias mulheres”, reconhece. Referência para o debate sobre o tema no país, Elisa começou a se envolver com ele em 2002, quando foi convidada a dar uma palestra na 1ª Conferência sobre Mulheres na Física, organizada pela União Internacional de Física Pura e Aplicada. A experiência levou-a a organizar uma conferência em 2005 no Rio de Janeiro, além de vários eventos preparatórios em países latinos.

No primeiro desses encontros, foram listadas 27 sugestões para aumentar e apoiar a presença feminina na pesquisa. Uma delas era justamente a questão da extensão do tempo de bolsa para grávidas. Outras sugestões incluíram a inclusão, no Currículo Lattes, do nascimento de filhos e a solicitação da oferta de serviços de cuidado de crianças nos congressos.

Mas para Elisa o mais importante é melhorar a qualificação das pesquisadoras, de forma que elas possam competir melhor por postos mais elevados. “E assim como existem editais de financiamento que reservam 30% dos recursos para pesquisas feitas no Nordeste, acho importante termos um acompanhamento do percentual de projetos de mulheres que são contemplados. Não acho que se deva abrir mão da qualidade na hora da seleção nem criar uma cota. Mas é importante observar esta área com um olhar de gênero também”, diz.

E a presença de mulheres nos postos de comando pode acabar tendo um efeito multiplicador. É o que pensa Maria José Giannini, pró-reitora de Pesquisa da Unesp. “A escolha de quatro mulheres para as pró-reitorias [da Universidade] foi um ato de ousadia. Acho que isso é importante principalmente para quem está ingressando na academia. Talvez elas já encontrem menos problemas do que nós tenhamos enfrentado para galgar a carreira.”

Tais medidas, porém, não excluem a necessidade de mudanças mais profundas. “Acho que temos de repensar a maneira como se trabalha na universidade. Muitas vezes, nos cargos mais altos, espera-se que a pessoa tenha uma disponibilidade que é incompatível com o que a maioria das mulheres quer para sua vida. Será mesmo necessário que um reitor enfrente jornadas de 13 horas de trabalho?”, questiona Léa.

“O que precisa mudar é o senso comum”, argumenta Luci. “É ele que enxerga algumas profissões como masculinas e outras como femininas, que estabelece como missão da mulher cuidar da casa e da prole, que faz com que a mulher enfrente dificuldades para ser julgada competente para ocupar posições de poder. Essas iniciativas apenas irão amenizar as faltas”, diz. Se hoje ninguém mais acha estranho que uma mulher ganhe um prêmio Nobel, é porque o senso comum mudou bastante de Marie Curie para cá. Talvez seja preciso encontrar maneiras para que ele continue mudando – mas a uma velocidade maior.

Hongos: Posible arma contra la malaria

[SciDEv.net] Infectar mosquitos con un hongo transgénico podría reducir drásticamente su capacidad de transmitir malaria, según un estudio publicado hoy en Science (25 de febrero). Los esfuerzos actuales para desarrollar hongos que controlen la malaria se centran en matar lentamente a los mosquitos antes de que tengan la oportunidad de transmitir el Plasmodium, el parásito causante de la enfermedad. Sin embargo, estos métodos requieren que los mosquitos sean inoculados con el hongo parásito poco después de ser infectados por el Plasmodium, lo que limita su uso.

En esta reciente investigación, los científicos han cambiado las tácticas, y en su lugar se centraron en reducir la capacidad infecciosa de los mosquitos, por lo que el hongo puede ser aplicado más tarde en el ciclo de vida del insecto, y aun así cortar la transmisión de la malaria.

Los investigadores modificaron genéticamente el hongo Metarhizium anisopliae, que infecta a los mosquitos al contacto, para expresar moléculas que impiden la entrada de los esporozoitos —las células que producen los parásitos de la malaria para infectar a nuevos huéspedes— a las glándulas salivales de los insectos, lo que reduce la cantidad que puede pasar a los humanos a través de una picadura.

Los hongos genéticamente modificados (GM) redujeron el número de esporozoitos en las glándulas salivales del mosquito hasta en 98 por ciento en comparación con los infectados con el hongo no GM. Apenas dos días después de la infección, el 80 por ciento de los mosquitos ya no transmitía la malaria en comparación con sólo 14 por ciento de los insectos que no habían sido inoculados con hongos y el 32 por ciento de los infectados por hongos no GM

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Un virus apoya la lucha contra la leishmaniasis

[SciDev.net] Una forma de la enfermedad parasitaria leishmaniasis que desfigura al paciente sería provocada por un virus, lo que aumenta las esperanzas de que pueda ser prevenida fácilmente mediante fármacos o vacunación. Transmitida por los mosquitos simúlidos o flebótomos, la leishmaniasis está ampliamente extendida en los trópicos y se manifiesta en varias formas, desde la más común, la leishmaniasis cutánea, que causa llagas en la piel, hasta la más severa, la leishmaniasis visceral, que causa fiebre y resulta fatal si no es tratada.

Otra forma, la leishmaniasis mucocutánea, destruye el tejido blando de la nariz y la boca, y deja cicatrices que desfiguran el rostro. Se desarrolla con frecuencia en personas que muchos años antes han padecido la forma cutánea.

“Nadie entendía realmente por qué [una se deriva de la otra]”, dijo a SciDev.Net Nicolas Fasel de la Universidad de Lausanne en Suiza y coautor del estudio.

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Changes in wildlife migration could alter disease risk

The risk of animals passing diseases to humans could increase in some cases, but decrease in others, as people encroach on and disrupt wildlife migration paths, according to a review in Science (21 January). Climate change is also affecting migration patterns, and the review says there is an urgent need for research on how changes in habitat and climate will affect disease in migratory animals, to predict risks for both people and wildlife.

Although there is a general assumption that long-distance movements of migrating animals can increase the spread of pathogens, including zoonotic pathogens that jump from animals to humans, such as Ebola virus in bats and avian flu viruses in birds, the evidence for this is scarce, the review says.

"There are examples that suggest that most wild birds aren't likely to spread the most pathogenic strains of avian flu over long distances, as was previously suspected," Sonia Altizer, at the Odum School of Ecology, University of Georgia, United States, told SciDev.Net.

There might even be a decrease in transmission risk for some diseases, according to the review, but more research is needed to make accurate predictions.

"One of the biggest surprises is that there aren't a lot of clear, published cases of migratory species carrying infectious diseases. This could be partly because of the challenges of studying species across international borders," Altizer said.

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Año Internacional de la Química

El Año Internacional de la Química listo para empezar en 2011

Tras el Año Internacional de la Astronomía (AIA), en 2009, y el Año Internacional de la Biodiversidad (AIB), celebrado en 2010, a partir de enero de 2011 comenzarán las celebraciones el Año Internacional de la Química (AIQ).

En el transcurso de la 179ª reunión del Consejo Ejecutivo de la UNESCO, 24 Estados Miembros, entre ellos Etiopía, apadrinaron la propuesta de las Naciones Unidas de proclamar 2011 “Año Internacional de la Química”.

La Asamblea General de las Naciones Unidas proclamó a continuación 2011 como Año Internacional de la Química durante su 63ª reunión, celebrada en diciembre de 2008, y confió la organización del mismo a la UNESCO y a su socio, la Unión Internacional de Química Pura y Aplicada (IUPAC).

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Beyond the Vector

The initiative on Ecohealth Approaches to Communicable Diseases in Latin America and the Caribbean (CD LAC) funded a set of 7 research projects led by 9 multidisciplinary teams from different countries: Chagas in the Gran Chaco region (Argentina, Bolivia and Paraguay); Chagas and Malaria in the Equatorial Amazon; Chagas in Guatemala; Malaria in Venezuelan Guayana; Malaria and rice cultivation in Peru; and Dengue in the city of Cali, Colombia. The initiative achieved innovative results and contributed to a better understanding of the transmission dynamics of malaria, dengue and Chagas disease in specific ecosystems, and to its application in intersectoral and participatory interventions. IDRC's Ecosystem and Human Health Program - Ecohealth - works with developing-country researchers to find solutions to human health problems rooted in ecosystem conditions

http://www.youtube.com/watch?v=_wi49Oe8PCA

Paraguay declara investigación para la salud una prioridad principal nacional

Decreto presidencial crea un sistema nuevo para movilizar la ciencia y tecnología para mejorar la salud de la población

Asunción, Washington, D.C., Ginebra - Enero de 2011. El Paraguay ha aprobado una nueva política nacional sobre investigación para la salud que incluye un sistema integral para movilizar plenamente la ciencia y tecnología para mejorar la salud de la población del país.

La nueva Política Nacional de Investigación, Desarrollo Tecnológico e Innovación para la Salud se aprobó en diciembre de 2010 por decreto presidencial después de un proceso de consulta y consenso de dos años que fue coordinado por el Ministerio de Salud Pública y Bienestar Social. El proceso que condujo a la aprobación de la política involucraba a muchos actores y beneficiarios interesados en investigación para la salud en Paraguay. La Organización Panamericana de la Salud/Organización Mundial de la Salud (OPS/OMS) y el Consejo de Investigaciones de Salud para el Desarrollo (COHRED), una organización internacional no gubernamental, dieron cooperación técnica. Otros participantes en el proceso fueron el Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología (CONACYT), el Instituto Nacional de Salud; la Universidad Nacional de Asunción, otras instituciones científicas y académicas, organizaciones no gubernamentales e internacionales y muchas otras instituciones públicas y privadas.

La política requiere la creación de un nuevo Sistema Nacional de Investigación para la Salud, un Consejo Nacional de Investigación para la Salud, un Sistema Nacional de Investigadores y un fondo especial para apoyar la investigación para la salud, e incluye otras estrategias para fortalecer el desarrollo de investigación para la salud en el Paraguay. El Ministerio de Salud Publica y Bienestar Social supervisará la ejecución de la política, mientras que el Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología (CONACYT) estará a cargo de la financiación y de coordinar los incentivos para investigadores.

Esta nueva política coloca al Paraguay entre un grupo selecto de países que han cambiado el paradigma de investigación, de uno que enfatiza principalmente el desarrollo de medicamentos y tratamientos para curar condiciones de salud a una estrategia nacional más amplia que busca mejorar el estado de salud de la población e incluye toda investigación, biomédica, social y clínica.

Al adoptar la nueva política, el Paraguay se ha convertido en el primer país Latinoamericano que ingiere dos conjuntos importantes de recomendaciones formuladas recientemente en América Latina y el Caribe: las conclusiones de la Primera Conferencia Latinoamericana sobre la Investigación e Innovación para la Salud (2008) y la Política sobre Investigación para la Salud de la Organización Panamericana de la Salud (OPS/OMS) aprobado por todos los ministros de salud de los Países Miembros en 2009. Dado que la nueva política es respaldada por un decreto presidencial, su aprobación representa una decisión de Estado que trasciende el gobierno actual.

Los pasos siguientes serán la ejecución de la política, en particular mediante acciones encaminadas a fortalecer rápidamente el nuevo sistema.

Enlaces a prensa:

http://www.ultimahora.com/notas/384100-MSP--sienta-bases-para-impulsar--la-investigacion

http://www.abc.com.py/nota/realizan-lanzamiento-de-politica-de-investigacion-para-salud/

 

Malaria vaccine cuts risk by 46 percent after 15 months

[vaccinenewsdaily.com] A study funded by GlaxoSmithKline and the PATH Malaria Vaccine Initiative in Maryland has found that Glaxo's experimental malaria vaccine Mosquirix can cut the risk of malaria by 46 percent up to 15 months after the shot. A December 2008 study found similar results, with malaria in infected children reduced by 53 percent eight months after administering the vaccine. The results are encouraging and may lead to one of the first effective malaria vaccine shots, Bloomberg reports.

"We've never had a malaria vaccine get this far in its development and continue to show such promise," Robert Newman, director of the World Health Organization's Global Malaria Program said during a telephone interview, according to Bloomberg. "It's promising and encouraging."

 

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Cambio climático tendrá alto costo para América Latina

[SciDev.net] El cambio climático le costará a los países de Centroamérica casi ocho por ciento de su Producto Interno Bruto (PIB) actual y para Sudamérica sería de uno por ciento hacia 2100, si no se logra un acuerdo regional en torno a acciones de mitigación. Esa es la conclusión de un informe de la Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL) presentado en la Conferencia del Clima de Cancún (8 de diciembre), y que relevó potenciales costos económicos del fenómeno en la región para 2100.

El informe revela, por un lado, diferentes escenarios de costos para países de América del Sur y, por otro, para Centroamérica, calculados con distintas referencias sectoriales y climáticas.

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Vacuna contra Chagas seria Altamente rentable

[SciDev.net] Una vacuna contra la enfermedad de Chagas reportaría un sustancial beneficio económico, incluso en escenarios de bajo riesgo de infección y de poca eficacia de la vacuna, al reducir la carga económica que implica tratar la enfermedad. Así lo sugiere un modelo computarizado que ideó un equipo multidisciplinario de la Universidad de Pittsburgh, Estados Unidos, para evaluar desde una perspectiva social el impacto económico de una potencial vacuna contra el Trypanosoma cruzi, parásito causante de la enfermedad.

El modelo, que fue programado para analizar diversos escenarios, arrojó que la vacuna podría “pagarse sola”, ya que incluso si se vende a muy alto precio (US$50), generaría ahorro para el comprador en comparación con el costo promedio del tratamiento.

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Laboratorio de Arbovirus y Enfermedades Víricas Importadas

La Dra. Rojas de Arias, la Dra. Norma Coluchi y la Dra. Leticia Franco en reunion en el CEDIC.

Recibimos la Visita de la Dra. Leticia Franco, de el Laboratorio de Arbovirus y Enfermedades Víricas Importadas, el cual  nació el año 2001, por decisión de la Dirección General del Instituto de Salud Carlos III de Madrid - España, estando formada a partir de profesionales especializados en area de diagnóstico y la vigilancia de infecciones víricas.

Carne de Venado puede ser transmisora de Mal de Chagas

[EnOriente.com] Mamíferos como el venado pueden ser reservorios de parásitos como el agente transmisor del Mal de Chagas según el reporte de una investigación presentada por  estudiantes de la Escuela de Ciencias de salud adscritos al Centro de Medicina Tropical del Núcleo Anzoátegui de la UDO, quienes asistieron a un Congreso realizado en la Universidad Central de Venezuela, donde dicho trabajo fue reconocido como uno de  mayor puntuación de esa categoría para alcanzar un premio.

La presentación de este trabajo estuvo a cargo de los bachilleres, Ámbar Rangel (noveno semestre) y Pedro González (noveno semestre) al acudir a un evento auspiciado por la Facultad de Medicina de la UCV  donde fue presentado el primer reporte del venado (Odeocoileus virginianus) como reservorio del parásito de la enfermedad de Chagas capturado en el sector  Santa Inés del Municipio Libertad del estado Anzoátegui, donde se caracterizó parasitológicamente el parásito encontrado en el venado (periodo prepatente, curva de parasitemia, mortalidad de ratones y afinidad del parásito por los tejidos)  comportándose de alta virulencia al invadir numerosos tejidos y provocar la muerte de todos los roedores cuando fueron inoculados con el parásito del venado. Dicha investigación formó parte del área referente a parásitos hemáticos entre ellos el Trypanozoma cruzi.

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Cancun Climate Talks

Current emission reduction pledges, after the close of the Cancun climate conference, fall short of what is needed to get the world on track for limiting global warming to 2 and 1.5°C above pre-industrial levels. Both of these warming limits are mentioned in the agreement. To keep warming limited to these targets, global total emissions need to drop below 44 billion tonnes CO2eq per year by 2020. After adding up reduction proposals of individual countries and taking into account accounting provisions, expected global emissions leave a gap of 12 billion tonnes CO2eq/yr by 2020. In Cancun, countries discussed a wide range of options that influence the size of the gap. If countries would implement the most stringent reductions they have proposed with most stringent accounting, the remaining ‘reduction gap’ would shrink to 8 billion tonnes CO2eq/yr, according to the Climate Action Tracker, a website that provides an independent assessment of individual counties’ emission reduction proposals and their aggregation. The Climate Action Tracker1 reflects the latest status of the progress being made at international climate negotiations. The team that performed the analyses followed peer-reviewed scientific methods (see publications in Nature and other journals)2 and significantly contributed to the UNEP Emissions Gap Report Mas info click briefing_paper_cancun.pdf

ABC Color - Investigan nuevo farmaco

[abc.com.py] En Paraguay más de 3 millones de personas están en riesgo de adquirir Chagas y unas 150.000 ya han

sido infectadas. Un número importante de ellas desarrollará problemas cardiacos potencialmente mortales. Sin embargo, aunque fue descubierta hace más de un siglo, aún no existe ningún fármaco ideal contra esta enfermedad. Un equipo de científicos paraguayos trabaja junto a sus pares de América Latina para darles una esperanza a los 16 millones de infectados de la región.

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Neike.com.py

Científicos paraguayos investigan un nuevo fármaco contra el Chagas y la leishmaniosis

[Neike.com.py] Un equipo de científicos paraguayos trabaja junto a sus pares de América Latina para darle una esperanza a los 16 millones de infectados de la región. El Centro para el Desarrollo de la Investigación Científica (CEDIC) recibió una mención de honor en el Premio Nacional de Ciencia 2010 por su labor relacionada a la búsqueda de sustancias contra la enfermedad de Chagas y las leishmaniosis. Hasta ahora han probado la efectiva actividad sobre los parásitos a nivel celular de cinco compuestos químicos derivados de un musgo descubierto en Europa Central.

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Homenaje a la Dra. Antonieta Rojas de Arias

El Viernes 26 de Noviembre se realizó la 1era Muestra Nacional de Epidemiología del Paraguay, momento en el cual se aprovecho para rendir un homenaje a la Dra. Antonieta Rojas de Arias, Investigadora del CEDIC, por su trayectoria en el campo de la Vigilancia de la Salud, y sus aportes a la especialidad.

Junto con la Dra. Antonieta Rojas, también fueron homenajeadas otras tres mujeres: Las doctoras Cynthia Prieto Conti, Agueda Cabello y la Sra. Eloisa Campos.

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OPS - Muestra Nac. de Epidemiologia

[new.paho.org/par] Organizada por la Dirección General de Vigilancia de la Salud, los pasados 26 y 27 de noviembre se celebró la Primera Muestra Nacional de Epidemiología que reunió a más de 150 epidemiólogos y profesionales de la salud pública del Paraguay para debatir temas de actualidad como las políticas de vacunación, el control del Chagas en América Latina, los plaguicidas, hipertensión arterial, tabaquismo, violencia y muchos otros. La conferencia de apertura estuvo a cargo de la Dra. Elena Pedroni, consultora subregional de Reglamento Sanitario Internacional (RSI) y la conferencia inaugural corrió a cargo del Dr. Rubén Figueroa, Representante de la OPS/OMS en Paraguay, quien disertó sobre la "Epidemiología en el Tercer Milenio".

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Bolivia: Primeros casos de chagas agudo transmitido por alimentos

[Lostiempos.com] La Paz, Bolivia reportó en la región amazónica del Beni los 14 primeros casos de chagas agudo transmitido por alimentos, que no fueron identificados hasta la fecha, informaron el miércoles fuentes del Ministerio de Salud. "En Bolivia son los primeros 14 casos reportados de transmisión de chagas agudo por alimentos, que son de la región de Guayaramerin de Beni pero aún no  se ha realizado un estudio epidemiológico para determinar cuál es el alimento que está produciendo el chagas", explicó a los periodistas.

Lenis anunció que el Ministerio de Salud desplazará a esa región un equipo de epidemiólogos, entomólogos y estadísticos para determinar cuál es el alimento que está causando esos casos de chagas agudo.

"Hasta mediados de diciembre podremos tener resultados", afirmó.

Según expertos, la transmisión del chagas por vía oral ocurre cuando la vinchuca infectada defeca en algún alimento que luego es consumido por los seres humanos.

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